Todas as histórias contidas na Palavra de Deus existem para nos ensinar. O lindo da mensagem bíblica é que ela não esconde os erros do seu próprio povo. De Adão às igrejas do Apocalipse, Deus deixa claro em Sua Palavra que somos totalmente dependentes Dele.

Uma dessas passagens que demonstra o quão perigosos podemos ser está no primeiro livro do profeta Samuel, capítulo 18, verso 29: “Então Saul temeu muito mais a Davi; e Saul foi todos os seus dias inimigo de Davi”.

O pano de fundo desse texto é a conhecida história Davi versus Golias. Importante notar que ninguém teve a coragem comparada a daquele pastor de ovelhas. Davi lutou, venceu o gigante e devolveu a paz a Israel.

Porém, quero enfatizar aqui não o fato da vitória de Davi, mas os ciúmes de Saul. Ele era rei de Israel, escolhido e ungido por Deus, para governar o povo, após muita insistência dos israelitas para terem um rei humano. Mas, a preocupação premente de Saul passa a ser um jovem da sua própria nação. A partir daí, a relação nunca foi nem ao menos amistosa.

Quero chamar a atenção para um fato: homens representantes da nação de Deus estavam lutando contra si. Enquanto isso, os inimigos se fortaleciam e tiravam vantagem dessa desunião. Não lhe parece os dias atuais?

Estamos vendo pastores discutindo com pastores, padres e líderes de uma mesma denominação discordando um do outro, quando o que nos aproxima deveria ser muito maior do que o que nos distancia: Jesus!

Como disse o Apóstolo Paulo na sua primeira carta ao povo de Corinto, no capítulo 3 dos versículos 4 ao 9: “Porque, dizendo um: Eu sou de Paulo; e outro: Eu de Apolo; porventura não sois carnais? Pois, quem é Paulo, e quem é Apolo, senão ministros pelos quais crestes, e conforme o que o Senhor deu a cada um? Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento. Por isso, nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento. Ora, o que planta e o que rega são um; mas cada um receberá o seu galardão segundo o seu trabalho. Porque nós somos cooperadores de Deus; vós sois lavoura de Deus e edifício de Deus”.

Se a nação de Jesus se unir, não perderá seu tempo com discussões banais, posicionamentos que mais distanciam as pessoas de Cristo, do que as aproximam. Lembre-se: Saul deveria estar olhando para o povo, cumprindo seu papel de rei. Até nisso pecou: quis exercer função sacerdotal, tomando uma atitude para qual não havia sido ungido.

Não se deixe contaminar por esse sentimento, a inveja, que é pecado aos olhos de Deus. Caminhemos conforme as ordenanças de Jesus, quais sejam: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. Assim, não perderemos o foco. Sigamos.

Por Alexandre Costa

Texto base. JUIZES 9.14 – “Então todas as árvores disseram ao espinheiro: vem tu, e reina sobre nós”.

Por vezes, Israel enfrentou crises e povos bárbaros, que oprimiam os Hebreus e saqueavam suas produções. No período que compreende o ano de 1194 A.C, os Midianitas e os Amalequitas tornaram-se o maior pesadelo para o povo de Deus.  Estes povos invadiam as lavouras hebraicas e levavam toda a produção, num cenário de dor e desolação.

Deus decide levantar um homem chamado Gideão, que com apenas trezentos (300) homens vence os exércitos inimigos, munidos de 135.000 soldados. Ao liderar a vitória, Gideão se torna ainda mais querido e o povo de Israel conclama-o para que se torne o rei do povo de Deus. Porém, ele se recusa. “Não dominarei sobre vós, nem tampouco meu filho dominará sobre vós; o Senhor vos dominará”, (Juízes 8:23). Mesmo assim, Abimeleque (filho de Gideão com uma amante) planeja um massacre e mata 69 de seus 70 irmãos. Apenas Jotão sobrevive.

Ao conseguir escapar, Jotão conclama ao povo que reflitam sobre uma parábola. Leia o capítulo 9 de Juizés e veja como as árvores clamam por um rei. Aí está a simbologia de Israel, que desejava ver a monarquia instaurada. Todas as boas árvores se recusam a aceitar o convite de reinar. Assim fez a Oliveira, a Figueira e a Videira. Porém, o Espinheiro - que simboliza o reinado desastroso de Abimeleque, mas que também se refere ao pecado - oferece algo que nunca poderia cumprir: sombra e segurança. O povo (árvores) aceita a proposta e vive dias de angústia e dor.

O pecado é assim, ele vai ludibriando, oferecendo recursos que não se farão verdadeiros nas nossas vidas, mas o grande objetivo é destruir-nos. Porém, hoje temos um grande privilégio de contar com o grande Rei dos Reis reinando em nossas vidas: Jesus Cristo de Nazaré. Todas as árvores citadas na parábola de Jotão foram usadas por Jesus para simbolizar o seu messianismo, sua verdade inquestionável, seu porto seguro.

A RELAÇÃO DE JESUS COM AS ÁRVORES

JESUS E A OLIVEIRA - Da oliveira vem o azeite

"E se alguns dos ramos foram quebrados; e tu, sendo zambujeiro (Oliveira brava ou selvagem) foste enxertado em lugar deles e feito participante da raiz e da seiva da oliveira não te glories contra os ramos; e, se contra eles te gloriares, não és tu que sustentas a raiz mas a raiz a ti". Rm 11:17,18.  

JESUS E A FIGUEIRA - o renovo de Deus

"Aprendei, pois, a parábola da figueira: quando já os seus ramos se renovam e as folhas brotam, sabeis que está próximo o verão. Assim também vós: quando virdes todas estas coisas, sabei que está próximo, às portas. Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que tudo isto aconteça. Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão" (Mt 24.32-35).

JESUS E A VIDEIRA - bons frutos e a poda de Deus

Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador. Toda vara em mim que não dá fruto, a tira; e limpa (poda, tira excessos) toda aquela que da fruto, para que dê mais fruto. Vós já estais limpos (podados) pela palavra que vos tenha falado. Estai em mim, e eu, em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim. Eu sou a videira, vós, as varas; quem está em mim, e eu nele, este dá muito fruto, porque sem mim nada podereis fazer. (João 15.1-5)

JESUS E O ESPINHEIRO

Nenhuma árvore boa dá fruto ruim, nenhuma árvore ruim dá fruto bom. Toda árvore é reconhecida por seus frutos. Ninguém colhe figos de espinheiro... Lc 6.43-45

Não podemos deixar que o espinheiro reine em nossas vidas, Dele não colhemos figos, ou seja, bons frutos. Devemos cortar toda raiz de amargura, todo espinho que possa espetar a nós e aos outros, entregando nossas vidas completamente a Jesus. Se fizermos isso, Jesus reinará hoje e eternamente. Amém.

Diretor de Comunicação e Marketing do Unicerp e da REDE HOJE - Twitter: @alexandreptc_ / Facebook: @alexandreluizcosta / Email: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

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