
Viaturas da Polícia Militar terão abastecimento garantido após liberação de recursos pelo governo estadual (Foto: Divulgação/PMMG)
Da Redação da Rede Hoje
Após críticas ao corte de combustível para viaturas policiais no Estado, o Governo de Minas Gerais anunciou a liberação de R$ 5 milhões para abastecimento de viaturas da Polícia Militar, após críticas ao corte de combustível na corporação. A decisão foi comunicada pelo secretário de Estado de Fazenda, Luiz Cláudio Gomes, durante audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) nesta segunda-feira (18/8/25).
A audiência foi realizada pela Comissão de Segurança Pública da ALMG, presidida pelo deputado Sargento Rodrigues (PL), que destacou que a revisão ainda não abrangeu a Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros Militares.
Avaliação sobre outros órgãos
O secretário Luiz Cláudio Gomes informou que negociações com a Polícia Civil estão em andamento para avaliar a necessidade de revisão dos cortes, enquanto o Corpo de Bombeiros ainda não apresentou análise sobre o assunto. “Se for necessário, a gente vai avaliar”, afirmou o superintendente Túlio Gonzaga, da Seplag.
Sargento Rodrigues enfatizou que a falta de combustível prejudica investigações da Polícia Civil e o socorro em emergências pelos Bombeiros. Segundo o deputado, a presença de organizações criminosas de outros estados, como o Comando Vermelho, aumentou em diversas comunidades de Belo Horizonte.
Detalhamento dos cortes
O corte geral de despesas em 2025 foi determinado pelo governador, por meio de decreto de contingenciamento, a todas as áreas do governo. O Cofin (Comitê de Orçamento e Finanças) estabeleceu apenas o corte geral, cabendo a cada órgão detalhar suas prioridades.
O deputado Sargento Rodrigues elaborou requerimentos aos dirigentes da Polícia Civil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros para que apresentem o detalhamento dos cortes decorrentes do contingenciamento, questionando a hierarquização das prioridades adotadas pelo governo.
Benefícios fiscais mantidos
Durante a audiência, o secretário Luiz Cláudio Gomes defendeu a manutenção de benefícios fiscais às grandes empresas, que somam R$ 25,2 bilhões em 2025, afirmando que se tratam de políticas públicas estruturantes para geração de emprego e atração de investimentos. Ele explicou que a guerra fiscal entre estados será extinta em 2032 com a reforma tributária, justificando a manutenção dos incentivos nos próximos anos.