Trabalhadores do frigorífico relatam que foram pegos de surpresa e agora enfrentam dificuldades financeiras com o fechamento repentino da filial
O local onde funcionava a empresa de pescados em Patrocínio que teve o fechamento repentino, tem gerado grande preocupação e desespero entre os trabalhadores da filial. Foto: Portilio Online
Da Redação da Rede Hoje
Uma grave denúncia veio à tona em Patrocínio, envolvendo uma empresa do ramo de pescados que opera na região dos Moreiras, cuja matriz está situada em outro município de Minas Gerais. De acordo com informações de pessoas ligadas a trabalhadores do frigorífico, publicadas por meio do Portilho Online, a unidade local teria encerrado suas atividades de forma abrupta, sem realizar o pagamento dos salários e dos direitos trabalhistas devidos aos seus funcionários. O desespero das famílias, que contavam com o sustento do trabalho, é o tom principal dos relatos que circulam na cidade e foram expostos no popular site de notícias local.
Os relatos, enviados ao site, apontam que a empresa, que operava na Fazenda Barros, BR-462, na zona rural de Patrocínio (antiga Suprema Pescados), fechou as portas "da noite para o dia". A denúncia destaca que os trabalhadores foram notificados do encerramento das atividades na última segunda-feira, dia 6 de outubro, após terem cumprido o dia inteiro de trabalho. Desde então, as promessas iniciais de que todos os direitos seriam quitados não se concretizaram, e a comunicação com a direção da empresa se tornou inexistente.
O impacto desse fechamento repentino é devastador para as famílias dos trabalhadores. As pessoas que procuraram o Portilho Online para expor a situação pediram socorro, afirmando que pais e mães de família estão agora com aluguel atrasado e crianças pequenas passando necessidade de alimentos. O não pagamento dos salários já trabalhados e a falta de perspectiva para a quitação dos direitos trabalhistas têm gerado um cenário de desespero e incerteza generalizada entre os empregados.
A situação se agrava porque, segundo as denúncias veiculadas pelo site, nem mesmo o gerente da filial em Patrocínio está conseguindo contato ou retorno da direção da matriz, localizada em Morada Nova de Minas. A falta de comunicação e a omissão de informações por parte dos responsáveis pela empresa, que, segundo consta, mantêm outro frigorífico em funcionamento normal na cidade-sede, aumentam a angústia dos trabalhadores, que se sentem completamente desamparados e temem não receber o que lhes é de direito.
Angústia dos empregados
A empresa, que tem sua matriz na região de Morada Nova de Minas, deixou para trás um rastro de incerteza e dificuldades financeiras para os empregados de Patrocínio. O frigorífico em questão, na região dos Moreiras, operava como uma filial e sua paralisação súbita impactou diretamente o orçamento de dezenas de famílias. Os trabalhadores, muitos deles com anos de serviço e dedicados à atividade de pescados, agora buscam desesperadamente alguma forma de intervenção ou apoio para reverter a situação, tendo utilizado o site como veículo para dar visibilidade ao caso.
Os denunciantes expressaram forte receio de retaliações ao expor publicamente o caso, motivo pelo qual pediram para não serem identificados nominalmente na publicação original. Este medo é um indicativo do clima de apreensão e vulnerabilidade em que os trabalhadores se encontram, temendo perder a chance de receber seus créditos em caso de futura negociação ou ação judicial. A situação coloca em xeque a responsabilidade social e legal dos empregadores diante do encerramento inesperado das atividades.
Os proprietários, residentes na cidade de Morada Nova de Minas, ainda não deram um posicionamento oficial. A falta de resposta apenas corrobora o relato dos funcionários sobre a dificuldade de comunicação.
Este caso, se confirmado, mostra a fragilidade das famílias diante de uma decisão empresarial repentina e sem respaldo legal e financeiro exige uma intervenção urgente das autoridades competentes, como o Ministério Público do Trabalho e o Sindicato da categoria, para garantir que os direitos dos empregados sejam respeitados e quitados.