Polícia Militar de Minas Gerais esclarece ação conjunta que levou à prisão dos autores de extorsão seguida de morte; operação envolveu PMs de Patos de Minas, Patrocínio e Uberaba


Da Redação da Rede Hoje

A Agência Local de Comunicação Organizacional do 46º Batalhão de Polícia Militar divulgou neste sábado (18) uma nota oficial com detalhes sobre o assassinato do empresário de 61 anos em Patrocínio. O caso, que chocou a comunidade, foi classificado pela corporação como um crime “cruel, frio e calculista”, caracterizado como extorsão seguida de morte.

Segundo a nota, a Polícia Militar de Minas Gerais, em uma ação integrada entre equipes do 15º BPM (Patos de Minas), do 46º BPM (Patrocínio), da Polícia Militar Rodoviária (Patos de Minas) e com o apoio do Corpo de Bombeiros de Uberaba, agiu com rapidez e precisão, conseguindo prender os autores e elucidar o caso em poucas horas.

Crime bárbaro e ação rápida
O crime teve início na noite de sexta-feira (17), por volta das 21h23, quando militares da Polícia Rodoviária Estadual abordaram uma caminhonete GM S10 prata, ocupada por três indivíduos — dois homens de 24 e 25 anos e uma mulher de 18 — todos naturais de Patrocínio. O trio apresentou comportamento suspeito e não soube explicar a origem do veículo.

Durante a fiscalização, os policiais perceberam que havia inconsistências no relato dos ocupantes. O nervosismo e a ausência de documentos comprobatórios levantaram suspeitas que levaram à verificação da procedência do veículo.

Investigação e constatação do crime
Com o apoio imediato das equipes de Patrocínio, foi identificado que a caminhonete pertencia a um empresário da cidade, que estava desaparecido desde a tarde de sexta-feira. Familiares e vizinhos relataram à PM que não tinham notícias do homem, o que aumentou a preocupação das autoridades.

Durante a checagem, os militares descobriram que haviam sido realizadas transferências via Pix, totalizando R$ 16.100,00, diretamente para uma conta vinculada a um dos suspeitos detidos. No interior e na parte externa do veículo, os policiais encontraram manchas de sangue e um par de óculos pertencente à vítima.

Os indícios reforçaram a suspeita de que o empresário havia sido vítima de um crime de extorsão com resultado morte. Os três ocupantes da caminhonete foram imediatamente presos e conduzidos à Delegacia de Polícia Civil, onde prestaram depoimento e permaneceram sob custódia.

Enquanto isso, as equipes do 46º BPM intensificaram as buscas pelo paradeiro da vítima, contando com o auxílio de cães farejadores e o apoio do Corpo de Bombeiros de Uberaba.

Corpo encontrado e conclusão da ocorrência
Por volta das 13h deste sábado (18), após horas de buscas, o corpo do empresário foi localizado em uma lavoura de café às margens da rodovia MG-230, próximo ao distrito de Chapadão de Ferro. A perícia técnica foi acionada e realizou os trabalhos de praxe no local do crime, que apresentava sinais de extrema violência.

A nota divulgada pela PM informa que os suspeitos planejaram e executaram a ação com frieza, atraindo a vítima sob pretextos falsos e obrigando-a a realizar transferências bancárias antes de ser assassinada. O crime, segundo a corporação, foi cometido de forma “covarde e calculada”.

A localização do corpo foi possível graças ao trabalho conjunto e coordenado entre as forças de segurança envolvidas. Os cães farejadores dos Bombeiros de Uberaba foram fundamentais para identificar o ponto exato onde a vítima havia sido deixada.

Em vídeo divulgado após a conclusão do Registro de Evento de Defesa Social (REDS), o oficial responsável pela ocorrência prestou esclarecimentos e destacou a dedicação das equipes na rápida solução do caso.

Investigação continua com Polícia Civil
A Polícia Militar de Minas Gerais ressaltou, na nota, que a ação integrada entre os batalhões de Patos de Minas, Patrocínio e o apoio dos bombeiros reforça o compromisso da instituição com a defesa da vida e a segurança pública. O trabalho ágil das equipes impediu a fuga dos autores e possibilitou a elucidação completa do crime em menos de 24 horas.

A corporação enfatizou ainda a importância da cooperação entre as diferentes unidades operacionais, destacando o uso de tecnologia, inteligência policial e técnicas de rastreamento para localizar os envolvidos e reunir as provas necessárias.

As investigações sobre o caso continuam sob responsabilidade da Polícia Civil, que deve aprofundar as apurações para determinar se há outros envolvidos no crime e esclarecer todos os detalhes da motivação.

A comunidade de Patrocínio, ainda abalada pelo ocorrido, manifestou nas redes sociais solidariedade à família da vítima e reconhecimento pelo trabalho das forças policiais.

Veja depoimento do Tenente Rossi



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